terça-feira, 17 de maio de 2011

Façamos o bem. Mas a quem?

Uma pessoa dedica sua vida a servir. A conhecidos e a desconhecidos.
De repente, essa pessoa esbarra com um texto bíblico restritivo:
" Não deixes de fazer bem a quem o merece, estando em tuas mãos
a capacidade de fazê-lo". (Provérbios 3.27)
Um cuidado na leitura da Bíblia nos ajuda a interpretar melhor seus textos: é sempre examinar mais de uma versão.
Façamos o exercício com Provérbios 3.27:
. "Não negues o bem a quem de direito, estando no teu poder fazê-lo". -- Almeida Corrigida
. "Não te furtes a fazer o bem a quem de direito, estando na tua mão o poder de fazê-lo".
. "Quanto lhe for possível,
não deixe de fazer o bem
a quem dele precisa". -- Nova Versão Internacional
Tomemos o melhor de cada tradução e veremos que não temos desculpas para não fazer o bem.
A perplexidade nos ensina um outro cuidado. Devemos, por exemplo, ler as Sagradas Escrituras considerando cada versículo à luz do todo. E o todo da Bíblia não é restritivo. A maior prova está no diálogo imaginário de Mateus 25, e, que Jesus diz:
-- Eu tive fome, e vocês me deram de comer; tive sede, e vocês me deram de beber; fui estrangeiro, e vocês me acolheram; necessitei de roupas, e vocês me vestiram; estive enfermo, e vocês cuidaram de mim; estive preso, e vocês me visitaram.
Como os que fizeram o bem fizeram-no para desconhecidos, Jesus fecha a questão:
-- O que vocês fizeram a algum dos meus menores irmãos, a mim o fizeram.
Quem são estes "menores irmãos" ou "pequeninos", senão os pobres onde quer que estejam?

Israel Belo de Azevedo

Extraído do site do autor www.prazerdapalavra.com

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